Tyrant – Choque cultural, suntuosidade e conflitos na nova série dos criadores de Homeland.

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Filmado em Israel com suntuosas imagens do deserto, ruinas e as exóticas cidades orientais, Tyrant é, acima de tudo, uma série que fala sobre conflitos familiares complexos e choque cultural. Criada, roteirizada e dirigida pelo israelense Gideon Raff (Homeland e Retratos Mortais), Tyrant mistura riqueza, tragédia e laços de sangue e poder, em uma curiosa mistura, onde literalmente tudo parece prestes a explodir.

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Filmado em Israel com suntuosas imagens do deserto, ruínas e as exóticas cidades orientais, Tyrant é, acima de tudo, uma série que fala sobre conflitos familiares complexos e choque cultural. Criada, roteirizada e dirigida pelo israelense Gideon Raff (Homeland e Retratos Mortais), Tyrant mistura riqueza, tragédia e laços de sangue e poder, em uma curiosa mistura, onde literalmente tudo parece prestes a explodir.

A trama se passa no fictício país de Abuddin e como muitas regiões do Oriente Médio é devastado por guerras e está sob constante ameaça de grupos contrários à política instaurada.

Neste cenário, conhecemos Bassam Al Fayeed (Adam Rayner), um dos herdeiros da família real de Abuddin, que, por própria vontade, exilou-se nos Estados Unidos e há 20 anos não retorna a terra natal.

Bassam casou-se, formou uma família americana e, intencionalmente ou não, suprimiu muito da sua cultura original. Hoje, médico pediatra, acostumado ao anonimato (algo que valoriza muito) se vê obrigado a voltar a Abuddin por ocasião do casamento de seu único sobrinho, filho de seu irmão Jamal (Ashraf Barhom), um homem bruto, extremista, violento, ostentador e autoritário.

Sua mulher Moly (Jennifer Finnigan) personifica o estereotipo americano – loira, de olhos claros, esposa dedicada, mas que não consegue deixar de perceber o turbilhão de revolta, medo e traumas que o marido carrega consigo. Ela vê nesta oportunidade a chance de Bassam se reconciliar com o passado e o estimula a ir ao casamento deste sobrinho, levando consigo a sua família.

Com Moly, Bassam tem um casal de filhos adolescentes. O rapaz, Sammy (Noah Silver), como reforço à clara intenção de expor a tensão cultural, é homossexual. Ainda que não tenha trejeitos que o denunciem, vemos algumas cenas que insinuam o interesse dele por rapazes. A irmã parece conhecer o seu segredo, porém ainda não se sabe se o pai tem ciência desta inclinação do jovem, que fatalmente em algum momento pode gerar distúrbios na família, em especial no lado árabe.

Esta viagem ao oriente mexe muito com as memórias de Bassam e, numa das facetas mais ricas do seriado, somos apresentados à sequência de fatos que fizeram de Bassam o homem que é hoje e que explicam o porquê de tanta ojeriza às origens.

A série revela um protagonista dúbio, cujas facetas mais sombrias são reveladas ao longo dos capítulos e que luta para sufocar o sangue ditatorial que carrega em si. Tudo isso complicado pelo conjunto de eventos que parecem forçar Bassam a ficar em Abuddin.

A produção é digna, as locações de encher os olhos, mas a trama é muito folhetinesca, ou seja, daria uma boa novela (de Gloria Perez) sobre choque cultural e sobre poder, vingança, amor e família, o que enfraquece o seriado, embora apresente  todos os elementos que fizeram de Homeland um sucesso: violência, guerra,  traição, tortura, sexo e muito mais.

Tyrant é exibida pelo canal pago FX e para esta temporada de estreia foram encomendados apenas 10 episódios.

Trailer:

 

https://youtu.be/U9O2gWJR7xg
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