Colony: primeiras impressões da nova série de ficção científica do USA

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Colony tem seu piloto supostamente “vazado” porque alguém quer que a gente veja e diga o que achou, certo? Pois bem! Seguem nossas primeiras impressões sobre a nova série de ficção científica do canal USA.

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Mais uma série teve seu episódio inicial supostamente vazado. Bom, ninguém mais acredita nesta história, certo?

O objetivo é claramente medir a repercussão e aceitação da trama naquilo que é apelidado na internet de PreAir. Bem, então vamos lá. Vamos falar sobre as primeiras impressões, tentando não revelar muito.

Eu disse, tentando.

Colony tem estreia oficial programada para o dia 14 de janeiro. É uma série de ficção científica sobre a invasão e colonização da Terra por uma raça superior tanto tecnológica quanto belicamente. A produção é do canal americano USA, mais popular por suas séries de ação e dramas de advogados como a interminável Lei e Ordem e seus inúmeros derivados e semelhantes e a reprise eterna de House.

A trama tem a chancela de Carlton Cuse (Lost, The Strain). Obviamente merece um crédito por isto! É protagonizada por Josh Holloway (Lost), Sarah Wayne Callies (The Walking Dead) e Amanda Righetti (Mentalista).

Não devemos esperar por pirotecnia sci-fi, pelo menos não no primeiro episódio. A série tem uma pegada de drama forte (oscila entre o familiar e o sentimento de somos americanos, pô, vamos retomar nossa casa). O primeiro episódio cozinha lentamente o que deve vir por aí de mais atraente e que, com certeza, não deverá se limitar à aparência dos extra-terrestres. Mas para não fugir do convencional, o roteiro não deixa de criar aquele gancho gostoso (e que sempre funciona) de nos deixar especulando sobre que cara têm nossos algozes – humanoides, repteis, homenzinhos verdes, monstros diabólicos. Enfim, isso é assunto para bem mais para frente.

Em algum momento alguém deixa escapar de que eles não nos farão mal e quando suprirem suas necessidades, tudo voltará ao normal. Será? Que necessidades?

De volta ao drama, o casal principal é o primeiro ponto de atenção: ambos ficaram marcados por personagens antipáticos. Bem, Josh poderia até ser odiado em Lost, mas era amado em igual proporção. Já Sarah, mesmo estigmatizada pela pulada de cerca em pleno apocalipse zumbi em The Walking Dead, conta com a simpática Dra. Sarah Tancredi de Prision Break no curriculum para suavizar sua imagem. Eles estão com a mesma cara de Lost e de The Walking Dead, mas, agora são outras pessoas, porque Sawyer casado com Lori não iria dar certo mesmo.

Em Colony, eles vivem Will e Katie Bowman (mas usam o sobrenome falso de Sullivan). Ele um ex-agente do FBI e ela, dona de um bar fechado, após a ocupação. O motivo do nome falso é esconder a identidade militar, uma vez que a força armada e as policias convencionais foram extintas e os antigos policiais desapareceram um a um.

É Inegável que exista uma química entre eles e, os desenvolvedores da série sabe disso e, claro, criam o clima para uma cena de sexo já no piloto, mas isto não é o mais interessante que acontece no primeiro episódio, dirigido pelo argentino Juan José Campanella, conhecido por seu trabalho premiado com o Oscar em O Segredo dos Seus Olhos.

O começo é um tanto confuso, pois vemos um café da manhã típico de uma família americana com as questões sobre ovos e cereal. Nesta altura não dá pra saber se a invasão vai acontecer bem ao estilo V ou já é realidade.

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É Los Angeles e a vida parece fluir bem. As pessoas trabalham, andam de carros e bicicleta, tem amigos. Rapidamente percebemos na paisagem alguns sinais de que algo está errado: tanques com soldados armados, muros com arames farpados e no horizonte, prédios destruídos, confirmando que a Invasão já aconteceu, não foi pacífica e agora, eles estão entre nós. Somos uma Colônia.

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Outros sinais vêm: um dos amigos de Will está tenso e revela que seu irmão fora levado para “A Fábrica”, um campo de trabalhos forçados e que é citado algumas vezes como um lugar terrível para o qual ninguém quer ser enviado. Em paralelo a este dilema, Will, que depois da invasão, trabalha em uma oficina mecânica, parece estar fazendo uma entrega habitual, mas na verdade, procura a ajuda de atravessadores para entrar na Zona Exilada de Santa Mônica. Ao redor da cidade, logo atrás do letreiro de Hollywood, um grande muro foi erguido, devidamente identificado com insígnias extraterrestres e sua entrada é fortemente guardada. Will quer ir para Santa Mônica porque está em busca de um dos seus filhos do qual foi separado, durante a invasão alienígena. Algo que abalou o seu casamento com Katie. Chegar à Zona Exilada não é fácil e ninguém duvida de que ultrapassar os limites de Los Angeles pode não agradar os novos governantes. Assim, ele precisa se esconder em um freezer e cobrir-se de gelo para evitar que o calor corporal seja percebido, dentro de um caminhão de transporte de mercadorias.

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Apesar da engenhosidade, que faz com que ele realmente não seja detectado, uma bomba terrorista atribuída aos grupos de resistência humana de Los Angeles, explode e seu esconderijo acaba revelado para os guardas humanos, que são chamados de “colaboradores”, tudo devidamente registrado por uma espécie de drones alienígenas que vigiam cada centímetro da cidade.

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Depois de alguma rápida ação, o roteiro rapidamente volta-se para seus dramas mais fortes: A tensão de uma vida naquela cidade sitiada e controlada por um “governo” repressor. Mas nem todo mundo aceita esta condição calmamente. Alguns muros dos prédios têm palavras de protesto da resistência, que atua clandestinamente.

Katie definitivamente não é apenas uma mocinha boba. Sai em busca de insulina para seu sobrinho, que sofre de diabetes, mas não existem mais farmácias e em algum momento é citado de que a horda está sacrificando os considerados “inválidos”. Ela parte para o mercado negro com uma garrafa de um bom vinho na mão para usar como moeda de troca. Ao perceber que iria ser enganada, não hesita em sacar uma arma. Restam poucas doses e na primeira oportunidade, ela nem pisca duas vezes e rouba de um hospital. São tempos difíceis e a vida está definitivamente mudada e mais dura.

Um rigoroso toque de recolher é imposto na cidade, mas quando percebe que o marido não retornou para casa, Katie sai à sua procura, quase sendo apanhada por uma das muitas patrulhas que varrem a noite de Los Angeles, numa das cenas mais tensas. Mas surpreendentemente, Will acaba voltando para a casa e trás com ele um dilema terrível. O procurador Snyder (Peter Jacobson), uma espécie de prefeito outorgado pelos colonizadores para cuidar de seus interesses em Los Angeles, deseja usar suas habilidades como ex-policial a fim de caçar e entregar o líder do movimento de resistência em troca de segurança, liberdade e proteção de sua família.

Katie não pensa do mesmo modo. Acredita que como colaborador dos alienígenas e do governo provisório, eles se tornariam alvo ainda maior exatamente desta resistência que não perdoa os humanos que se vendem e colaboram com os visitantes, agindo contra sua própria espécie.

Notando certa resistência de Will em aceitar o acordo, Snyder resolver mostrar as vantagens de ser aliado dos invasores: comida mais farta, segurança, educação para as crianças, remédio e a autorização para que Katie reabra seu bar.

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Bom, o que vem depois, é sem dúvida a melhor parte do episódio e que deve dar o tom de toda a história da série. Um golpe de mestre dos roteiristas e que não vamos adiantar aqui. Assista!

Colony realmente precisa de alguns ajustes. Apesar de ter usado seus 49 minutos do primeiro episódio para apresentar de maneira relativamente satisfatória os personagens e as linhas gerais que vai tomar, não é ágil, nem é emocionante. Grande destaque para Sarah Wayne Callies. O piloto foi todo dela. Josh Holloway foi apenas correto no seu papel, já Sarah desponta para ser a grande estrela do show.

Sobre a trama, perde um pouco quando não explora melhor os poucos grandes momentos, mas  mesmo sem ser tudo aquilo que você esperava, ela pode surpreender. Aliás, ela vai surpreender, pelo menos nos bons ganchos deixados no primeiro episódio. Quanto a seu futuro, bem, só o tempo dirá.

Já assistiu? Comenta aí o que achou da estreia.

Assista ao trailer:

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0 thoughts on “Colony: primeiras impressões da nova série de ficção científica do USA

  1. meu deeeeeeus <w tem o sawyer de lost e o Taub de House <3 vai ser uma boa substituição pro faling skies *-*

  2. O começo é um tanto confuso, pois vemos um café da manhã típico de uma família americana com as dúvidas sobre ovos e cereal.” —>>> não achei o começo confuso. A cena do caf[e da manhã já serviu pra mostrar o qto a ocupação está prejudicando a vida dos ocupados, na cena dá pra ver que cada criança só podia comer ou 1 ovo ou 1 porção de cereal. Qdo Will derruba o ovo no chão ele quase tem um enfarto pq literalmente jogou comida escassa fora. Achei a cena mto bem colocada pra mostrar que a vida deles tá indo de mal a pior.

    Achei o piloto bem interessante, com bastante a ser explorado, e gostei da atuação do Josh Holloway, cuidadosa e sutil. Vou acompanhar.

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