É impressionante como bastam alguns poucos minutos para um sentimento de nostalgia tomar conta. É a certeza de que essa poderosa história, mesmo tomando alguns rumos questionáveis, jamais deveria ter parado. Esta é a primeira sensação ao ver o piloto de Heroes Reborn, a minissérie que traz de volta os mutantes do universo da NBC para uma nova aventura que mescla antigos e novos personagens.
Mesmo havendo um grande salto no tempo, a série meio que tenta continuar de onde parou, quando batiza o primeiro capítulo do primeiro volume de Um Bravo Novo Mundo, exatamente o título do episódio final da quinta temporada da série original, no qual, a indestrutível Claire Bennet (Hayden Panettiere) se preparava para anunciar ao mundo inteiro a respeito das poderosas habilidades que este grupo de indivíduos com poderes especiais, aqui chamados de EVO´s, possuíam, assim saindo da escuridão do anonimato, o que já se imaginava, não significaria aceitação.
E tal qual previsto, o “Novo Mundo” não será nada fácil para os que possuem tais dons. Mesmo havendo um ensaio de co-existência, fica claro que pessoas com poderes sobre-humanos, fatalmente seriam vistos como maravilhas para alguns, mas como ameaça para outros tantos. Somos levados a um evento que celebrava a tentativa de integração entre as duas raças, os humanos e aqueles que evoluíram, em Nova Odessa no Texas, a famosa terra da família Bennet. Muitos mutantes exibem seus poderes, em meio a humanos maravilhados e sobre protesto de outros.
Lá, vemos um solitário Noah (Jack Coleman), o homem dos óculos de aros grossos, que outrora era um dos membros mais importantes da Primatech, a empresa de fachada que, na verdade, perseguia, estudava e trancafiava aqueles com poderes. Claire é citada, mas não aparece. Ela faz falta.
O evento é mal sucedido, quando um atentado com uma bomba mata milhares de pessoas. Na TV, vemos que a culpa é atribuída ao doutor Morrinder Suresh ( Sendhil Ramamurthy ), também personagem da trama anterior, que agora é visto como terrorista. Os acontecimentos daquele 12 de junho iriam marcar profundamente o destino de EVO´s e humanos.
Algum tempo mais tarde e longe dali, barricadas do governo são formadas na estrada sob o pretexto de identificar e catalogar os mutantes, mas não sabemos exatamente quais são as reais intenções. Assim, essas pessoas voltam a fugir e se esconder. Em um encontro secreto, discutem se o melhor é tentar usar os poderes para lutar contra a opressão dos seres humanos “normais” ou continuar recluso.
E, vemos que os caçadores ainda existem e dessa vez são ainda mais implacáveis, uma vez que, parecem não querer papo, nem diálogo, nem mesmo estudar, já que não hesitam em exterminar todos os que encontram.
Em outro núcleo da trama (claro que não seria Heroes se não houvesse um núcleo japonês), uma garota, cuja história ela mesma parece ignorar descobre que tem uma habilidade que lhe permite ser transportada para um jogo de videogame, o celebrado Evernow, no qual precisa enfrentar alguns inimigos para resgatar o próprio pai, contanto com a incrível técnica que adquire de tornar uma grande guerreira ao empunhar sua katana (espada samurai). Miko (Kiki Sukezane) contará com a ajuda do jogador Ren (Toru Uchikado).
Bom, sabemos pelos anúncios da série que veremos Hiro Nakamura (Masi Oka), o mais emblemático personagem das primeiras temporadas da série, mas isso não acontece no piloto.
Em outro ponto da história, em um núcleo latino, um vingador mascarado protege os mutantes e luta contra o crime, bem ao estilo das atuais séries de heróis.
Também somos apresentados a Tommy, que é conhecido pelo Peter Pan psicopata da série Once Upon a Time e que aqui, é só um garoto retraído com um superpoder maneiro que manda qualquer coisa ou pessoas para lugares desconhecidos. Ele acaba se tornando alvo dos vilões da série, que caçam os EVO´s. Tommy vem fugindo de cidade em cidade, escondendo seus poderes e tentando apenas viver uma vida normal de adolescente. Não anda tendo muito sucesso.
O piloto da série traz de volta para um breve passagem René, o haitiano (Jimmy Jean-Louis), que, com seus poderes de apagar a mente, teria feito Noah Bennet esquecer informações importantes sobre as atuais atividades de mapeamento e caça aos mutantes, dos quais Molly Walker, que, na série anterior, era apenas a garotinha com o dom de encontrar qualquer mutante em qualquer ponto do planeta e que aqui, aparece já bem crescidinha, mais ainda como peça chave das intenções da organização.
A série mais uma vez repete aquilo que, por muitos, é considerado o motivo de ter perdido audiência ao longo das temporadas anteriores e o seu cancelamento: o volume excessivo de personagens, as tramas acontecendo em diversos períodos de tempo, mistérios com mais perguntas que respostas. Mesmo assim, o piloto em seus 90 minutos é muito bom e, a princípio, é um bom prognóstico de sucesso.
De toda forma, é muito bom ter Heroes de volta. Mesmo sem a líder de torcida, que salvem o mundo de novo.
Veja o trailer do retorno da trama:
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Adorei a critica, it’s coming…