Minority Report, a série: primeiras impressões da versão da FOX para o filme de ficção científica

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Baseado no conto de ficção cientifica homônimo de Philip K. Dick, onde em um futuro não tao distante, os crimes na cidade de Washington chegam a zero, no momento em que a divisão Pré-Crime consegue prever com detalhes cada assassinato, antes mesmo de ele acontecer com a ajuda de três indivíduos paranormais, denominados precogs. Os sistema eficiente, porém é questionado, pois será que alguém pode ser considerado um assassino se é impedido antes mesmo de cometer o crime [e, às vezes, até mesmo de pensar em cometê-lo.]?

No filme, John Anderton (Tom Cruise) é um detective atuante que coloca em cheque o sistema, quando o nome dele aparece como previsão de assassinato.

É inegável que para os fãs de ficção científica, este filme seja considerado um dos grandes dos anos 2000, pois combina ações com efeitos especiais modernos e conceituais até hoje. As versões dos monitores de computador transparentes com portabilidade de imagens até hoje aparecem em vários filmes e séries do gênero. Tom Cruise brilhou no papel do detetive John Anderton e a trama teve uma grande aceitação de público e crítica não só pelos efeitos visuais como todo o dilema ético envolvido.

A série da FOX, que estreou oficialmente no último 24 de setembro, preserva o mesmo mote do conto original e do filme, mas se situa alguns anos depois do colapso do sistema precog, quando os três paranormais são dispensados do serviço e, buscam ao seu modo a reintegração à sociedade.

A FOX convence muito bem com os efeitos visuais cuidados da série. Uma das coisas interessantes é a concepção de uma Washington futurista com seus prédios, carros e um improvável metrô com vagões que se destacam automaticamente nas ramificações da via.

Focar nos precogs também é uma boa escolha da série. Aqui, vemos que cada um dos três buscou caminhos diferentes na volta a sociedade, nem todas elas tão legais, mas que ainda são assombrados por seus poderes de vidência. O protagonista da série é Dash (Stark Sands), um rapaz com nítida inabilidade social, mas que insiste em tentar evitar os crimes que surgem em suas visões, que seguem lhe atormentando.

No piloto, vemos Dash prever um crime, no qual, uma mulher é jogada da janela de um prédio e morre ao se chocar com um ônibus estacionado. Daí a corrida frenética do rapaz para chegar a tempo e evitar que acontece. Infelizmente, não é bem sucedido, mas em uma tentativa de ajudar a polícia que não consegue qualquer pista de quem teria cometido o crime, ele tenta fazer chegar a detetive Lara Vega (Meagan Good) um retrato-falado que fez do criminoso a partir da sua visão. Tenta se manter longe, mas a detetive consegue identificá-lo e convencê-lo a ajudá-la a resolver os crimes, que se multiplicaram desde o fim do programa.

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Naturalmente, pinta um clima entre os dois, que deve ser arrastado platonicamente no decorrer da série.

Apesar de Dash ter um perfil de garoto [de olhos tristes] típico de comédia romântica, a química entre os dois protagonistas é limitada. E, por falar, em comédia, as piadinhas e tentativa de ser engraçado é o que há de pior na estreia. Não havia espaço para isso na trama do filme e, com certeza, faz falta um clima mais tenso e as perseguições que nos deixaram sem fôlego no longa.

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É muito provável que a necessidade de apresentar os personagens, fez com que o misterioso crime escolhido para iniciar a série tenha se resolvido de forma tão rápida. Por isso, vale a pena ver mais alguns episódios para definir se vale ou não seguir a série.

O piloto também deixa bons ganchos em relação a uma premonição que, aparentemente, é muito sinistra e envolve os três pregocs, feita por Agatha (Laura Regan), irmã mais velha de Dash, que também é vidente. Ela e Arthur (Nick Zano), irmão gêmeo do rapaz, conversam sobre a necessidade de continuar escondendo a profecia de Dash, até que fique mais claro qual será o seu papel nela. Bom, e sobre Arthur (Nick Zano), mais velho apenas sete minutos que Dash, é oposto do rapaz e se adaptou muito bem a ressocialização, após o fim do programa precog já que, aparentemente, usa seus poderes para ganhar dinheiro e pegar garotas.

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Os três irmãos paranormais – Dash, Arthur e Agatha

Arthur deve crescer nos próximos episódios e se envolver nas investigações entre a detetive Lara e Dash, uma vez que seu dom de vidência é caracterizado por registrar nomes, endereços e outros dados, enquanto Dash apenas vê os crimes.

Podemos também ver na série o ator Wilmer Valderrama, que atualmente também está em cartaz como um dos vilões da versão para a TV de Um Drinque no Inferno, série da Netflix. Em Minority Report é um polícia arrogante e controlador e que gosta de levar crédito pelos feitos do departamento de polícia.

Confira o trailer:

[su_youtube url=”https://www.youtube.com/watch?v=xURqXznCZCY” height=”340″][/su_youtube]

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