Desde que a Amazon anunciou que faria uma versão de Utopia, os fãs da versão britânica de 2013 ficaram bastante apreensivos. Considerada uma série perturbadora, irreverente e disruptiva, a Utopia original foi o ponto de partida para a nova série, mas aparentemente, só isso.
O que se vê é uma grande sessão da tarde que oscila entre violência e infantilidade.
Não é verdade que a nova série não entretém e também seria injusto dizer que ela não vai agradar, especialmente, os espectadores que não viram a versão original, mas quem viu, certamente achou que faltou um pouco mais. De elenco à fotografia, a versão da Amazon perde em todos os quesitos, apesar de o enredo seguir o mesmo filão:
A história acompanha um grupo que, ao encontrar o manuscrito de uma HQ não publicada (The Utopia Experiments e sua sequencia, chamada Distopia), se vê envolvido em uma série de eventos de caráter conspiratórios.
The Utopia Experiments é uma HQ sobre um cientista que faz um pacto com o diabo, abrindo as portas para um novo mundo. Sua história, embora fictícia, previu um dos piores desastres já vividos pela humanidade no último século. Por isso, o material se torna alvo da Colheita, uma sociedade secreta que tem ramificações no governo e em empresas importantes da sociedade.
Quando o manuscrito é encontrado por um grupo formado por cinco jovens fãs dos quadrinhos, eles passam a ser perseguidos por membros desta sociedade, que não medirão esforços para por as mãos na HQ. Agora, a única pessoa em quem o grupo acredita poder confiar é Jessica Hyde, a protagonista dos quadrinhos, que existe na vida real e é essa mulher misteriosa que poderia mantê-los a salvo.
Pre-apocalítica, Utopia fala sobre vírus fabricados, pandemias intencionais, controle de natalidade, vacinas pouco testadas, ou seja, é apavorante para os tempos atuais, mas o resultado é quase bobo.
Confira o trailer: