Basicamente é isso: crianças cometem crimes terríveis influenciados por um amigo imaginário – Drill. Poderia ser um trhriller de terror qualquer, se não fosse uma nova ameaça à Terra por uma raça alienígena nada bem intencionada e que resolver usar os pequeninos como forma de iniciar seus planos sinistros. Assim é The Whispers, nova série da ABC, recém estreada e que promete muito.
A verdade é que quase todo mundo já disse ou ouviu alguém dizer que os piores filmes de terror são aqueles que tem crianças no meio, tal como A Profecia, O Exorcista e A Cidade dos Amaldiçoados. É que na verdade, essas pestinhas são geralmente personagens meigos e fofos e este contraste é o que nos chama a atenção.
The Whispers não é exatamente uma série de terror, já que atua muito mais no aspecto do suspense e, a tal criatura, por hora, ainda não revelou-se.
Nos primeiros momentos da série não é tão claro o que Drill deseja e porque ele usa as crianças para alcançar seus objetivos, mas aos poucos, as peças se encaixam e a série apresenta uma trama instigante, bem elaborada e capaz de prender.
No pano de fundo da narrativa, conhecemos Sean (Milo Ventimiglia, o eterno Peter de Heroes), um militar que, descobre a infidelidade da esposa Claire, interpretada por Lily Rabe (ela, que é agente do FBI, o trai com o colega de trabalho, o detetive Wes, personagem de Barry Sloane). Esta descoberta abala o casamento deles e Sean resolve aceitar uma missão no Ártico como pretexto para abandonar o lar.
Durante esta missão, Sean reporta algo estranho durante o voo que acaba causando a perda de controle da aeronave e, prestes a cair, informa que pretende ejetar. Daí em diante, Sean é considerado morto, até que em uma missão no Mali, Wes descobre partes do avião que Sean pilotava espatifado em uma espécie de formação geológica incomum que apresenta uma estranha atividade elétrica. O problema é que tal acidente teria ocorrido a milhares de quilômetros dali, o que passa a ser um mistério.
Ao checar os registros de imagens do local, é possível observar que há pegadas e Wes está convencido de que Sean está vivo, avisando a Claire, que fica perplexa.
De volta para a trama principal, encontramos Sean em um hospital desmemoriado e falando árabe, uma língua, que até então ele não deveria conhecer. Ele foge do hospital e revela diversas tatuagens, que sabemos estão ligados aos acontecimentos sinistros que estão rolando.
De alguma forma, Sean está envolvido em uma série de atentados a usinas geradoras de energia e, que estão indiretamente ligados às crianças influenciadas por Drill. A partir daí, Sean se torna suspeito de ele mesmo ser Drill e um terrorista perigoso. Claire não acredita, a princípio, que o marido estaria por trás destes crimes.
Não se sabe ao certo, pelo menos nos primeiros episódios, se Sean é vilão ou mocinho e se está realmente sendo influenciado por Drill ou caçando a criatura, o que torna a série ainda mais interessante.
É um thriller tenso em que os pontos altos estão nas diabruras cometidas pelas crianças em nome deste amigo invisível que sussurra em seus ouvidos coisas terríveis a serem feitas como parte de um jogo: o mais importante de todos – a dominação mundial. E ai de quem se coloca no caminho dessas crianças, pois Drill não está para brincadeiras e como parece se mover via eletricidade é onipresente e não pensa duas vezes antes de usar qualquer menino ou menina inocentes para se livrar de seus inimigos.
Confira o trailer:
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