Scream Queens: vai pegar ou é só mais um besteirol americano?

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Scream Queens teve sua estreia mundial. Veja o que achamos de mais este besteirol americano, que tem tudo para estourar.

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O que acontece quando Ryan Murph, o criador de Glee e American Horror Story decide combinar um pouco de cada série em uma nova produção?

Bem, surge um novo besteirol americano que mescla comédia com terror. E não é crítica, não! A série tem nisso o seu melhor e, com certeza, veio para conquistar seu público.

A verdade é que Scream Queens tem tudo para pegar, principalmente se você tem entre 11 e 16 anos e adora o universo fútil das comédias escolares americanas. E Scream Queens oferece um prato cheio de clichês para os amantes do universo: muita menina malvada vestida de rosa dos pés a cabeça, ditando a regra para as nerds que desejam ter a chance de viver o sonho adolescente americano de andar com as populares. E a série ainda explora diversos estereótipos que habitaram a Sessão da Tarde nos áureos anos 80: o atleta valentão e popular, o rapaz do bem, mas de classe social mais baixa, os trotes das irmandades dos campus americanos e, para coroar tudo isso, o serial killer da vez, vestido de diabinho, faz a porção suspense da série.

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É inegável que Scream Queens não pretende rivalizar com outras séries criminais. A comédia é pastelão, com tiradas sarcásticas e um pé no escracho. O texto é afiado e o piloto tem 1h30 de duração, mas é bastante ágil, com algumas reviravoltas surpreendentes e, faz jus ao título: a todo tempo  tem menina gritando e nos não poupa de apresentar inúmeras mortes já de cara.

Scream Queens se passa em um campus universitário, no qual Chanel Oberlin (Emma Roberts), é alçada a presidente de uma tradicional e popular irmandade de meninas – KKT (do grego, Kappa Kappa Tau), depois que a troca criminosa (ou não) de spray de bronzeamento por ácido desfigura a antiga presidente. Chanel que era responsável pelo equipamento, rapidamente se torna suspeita, mas nem se importa, já que deseja mesmo se tornar a chefe da casa e, com isso a mais popular da escola.

Aos poucos, vamos percebendo que Chanel é realmente inescrupulosa e capaz de tudo. Esnobe, preconceituosa, mandona. Não pensa duas vezes, antes de enfiar a cara da fiel serviçal em uma bacia de óleo fervente, mesmo na frente de várias testemunhas.

No contraponto da série, conhecemos Grace (Skyler Samuels), que faz a vez da mocinha da trama. Doce, estudiosa, apegada ao pai, é caloura e, deseja entrar na irmandade como forma de refazer os passos de sua falecida mãe, que também foi membro da KKT. Mais humana, conhece Pete (Diego Boneta), o editor do jornal da escola e atendente da cafeteria, que vive sendo humilhado por Chanel.

Grace encontra uma fantasia de diabinho, igual ao do serialkiller
Grace encontra uma fantasia de diabinho, igual ao do serialkiller

Grace faz parte do grupo de meninas loosers que desejam participar da Casa, que, para revolta de Chanel, neste ano, é obrigada, pela reitora Cathy Munsch (Jamie Lee Curtis) a aceitar qualquer pessoa que deseje participar da irmandade, acabando com a tradição histórica de só aceitar loiras, fúteis, populares e fashionistas.

Lea Michelle (Glee) está quase irreconhecível como a esquisita Hester, que usa uma coleira cervical e é declaradamente obcecada pela morte e que, é capaz de qualquer coisas para ser aceita na irmandade.

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Nick Jonas como Boone parece ter superado todos os questionamentos a respeito de sua sexualidade, interpretando mais um papel gay. Dessa vez, divertido, no papel do melhor amigo de Chad (Gleen Powell), o valentão da escola e, meio que namorado de Chanel, ainda que pegue geral, incluindo a reitora da faculdade.

Em uma cena hilária, Boone diz que está com medo do serial killer e pede para dormir na cama do machão, que reluta, mas resolve “ajudar” o brother, desde que ele prometa não pegar em seu pênis, em uma alusão de que ele já tentara antes. Acabam dormindo de conchinha e surpreendidos pela namorado do cara, numa das cenas mais engraçadas do episódio.

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Ariana Grande também tem uma participação bem hilária na pele de uma das puxa-sacos de Chanel. Ela faz uma impagável cena com o assassino no qual trocam SMS, mesmo estando cara a cara. A última frase, claro: “Eu vou te matar!”.

Todos os crimes que acontecem no episódio tem relação coma  faculdade e mais precisamente com a irmandade. Este misterioso personagem fantasiado de diabinho, que é o serial killer da vez levanta inúmeros suspeitos. Grace, ao investigar, elabora uma teoria de que ele é o suposto filho de uma garota que foi membro da irmandade estava grávida e teria morrido na casa, após dar à luz, há cerca de 20 anos.  Coincidentemente é a idade de Pete, aparentemente o mocinho da trama, que guarda em seu armário uma fantasia exatamente igual ao do criminoso.

Mocinho ou Bandido? Pete tem uma fantasia igual ao do assassino.
Mocinho ou Bandido? Pete tem uma fantasia igual ao do assassino.

Vale lembrar que este crime teria sido acobertado pela reitora, que parece também ter muito a esconder.

O gancho do episódio piloto é digno e certamente, nem que seja por curiosidade, vai te fazer querer ver o segundo, mas isto a gente não vai contar.

Enfim, Scream Queens apenas lançou o primeiro ato com uma estreia dinâmica, engraçadinha e recheada de clichês. Prato cheio para os amantes do gênero besteirol americano com pitadas de terror.

Confira o trailer da série e comente abaixo o que achou da estreia:

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