Humans: eles são máquinas, mas também são (quase) humanos na nova série da AMC

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A AMC estreou sua nova série de ficção científica e aborda diversos aspectos éticos da inserção de androides na convivência humana.

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Não é exatamente um argumento original, uma vez que inúmeros livros, séries e filmes já abordaram questões éticas envolvidas na inserção de androides, aqueles robôs quase humanos, na sociedade. A própria série não é uma trama original, uma vez que é um remake de  Äkta Människor, série sueca muito bem sucedida em toda a Europa. Mesmo assim, Humans, a nova série da AMC constrói uma narrativa toda certinha, expandida e que pode desdobrar subtramas que devem conquistar o público.

A história tem quatro arcos que se relacionam: no primeiro vemos um pai de família, casado com uma mulher muito ocupada com o trabalho e por isso, tão ausente. Ele, que se vê atrapalhado com toda a rotina doméstica e a criação dos filhos, decide comprar uma androide, ou sintética, como é chamada na série. Esta ideia não vai agradar nada a esposa.

Também somos apresentados a um senhor idoso viúvo, vivido por William Hurt, com seus problemas de saúde e que também reluta para reciclar o seu sintético, que o acompanha a anos a fio e que ele próprio começa a apresentar bugs causados pela longevidade e que pode se tornar um risco para si e para os outros à sua volta. Como fazer isso, se ele agora é como um filho para ele?

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Em outra trama paralela, um policial que chega em casa, após a rotina pesada e encontra sua mulher fazendo ginástica com um sintético mais jovem e mais bonito que ele jamais será. Será que o homem também vai ser substituído um dia por um modelo, digamos, mais recreativo?

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E na trama mais interessante, vemos um rapaz protegendo um grupo de sintéticos, que, aparentemente, tiveram um problema de fabricação, que os permitiu sentir, ter consciência e até amar. Eles, vivendo em fuga de uma organização que teme que a disfunção se torne uma ameaça para a sociedade e, acabe com seus lucrativos negócios de venda de robôs.

Uma desta, Mia (Gemma Chan), que é apaixonada por seu protetor, o misterioso Leo (Colin Morgan), acaba sendo roubada, vendida e reprogramada, o que desencadeia uma busca desenfreada para localizá-la e recuperá-la e a todos os outros sintéticos capturados. Nesta mesma trama, percebemos que, apesar da tentativa, a reprogramação não é eficaz e não apaga a “falha” que os permite ser mais humanos.

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Mas é exatamente Mia que vai parar na casa da família Hawkins, que citamos no começo e que acaba sendo hostilizada pela matriarca da família, Laura (Katherine Parkinson), que sente substituída nas tarefas que ela sabe que deveria fazer, mas que está ausente. O pior acontece quando a caçula da família começa a gostar mais da companhia de Anita do que da própria mãe.

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Rebatizada de Anita pela criança, a jovem androide se comporta como um robô doméstico, cuidando da casa, da comida e das crianças, mas, aos poucos começa a intrigar os proprietários, com comportamentos que sugerem emoção, como contemplar a lua e sentir apego pela crianças, inclusive podendo levar isso para um nível para lá de perigoso.

Anita sonha e parece esconder um trauma do passado em rápidos flashbacks apresentados no episódio piloto.

Preconceitos, discussões sobre substituição de pessoas, ocupação de postos de trabalho, o apego de algumas pessoas a seus sintéticos e as questões ligadas a possíveis falhas de programação que colocam em risco à vida em sociedade, além de uma diferente história de amor são os temperos da nova investida da AMC, famosa pelos hits The Walking Dead e Breaking Bad.

Confira o trailer:

[su_youtube_advanced url=”https://youtu.be/pa29mSttnGk”]

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