Uma das promessas do canal Syfy anunciadas desde o final do ano passado estreou no último dia 12 de junho. Trata-se de uma trama espacial, inspirada na HQ homônima, cujos criadores também estão por trás desta adaptação – Dark Matter.
Centrada na tripulação de uma nave abandonada à própria sorte nos confins do universo, que, ao acordar, não se recordam quem são, nem porque estão ali, Dark Matter tem uma premissa genial, mas será que a realização consegue acompanhar?
Somos levados então ao ambiente caótico desta nave que, após sofrer sérias avarias, está com menos de 15% da capacidade de sustentar vida. Vários circuitos elétricos pipocando e as, já tradicionais (neste tipo de saga espacial), câmaras de hibernação começam a ser desativadas uma a uma, revelando os protagonistas da trama.
Assim como no prenúncio, ninguém se lembra como foi parar ali e eles também não se lembram de sua vida pregressa, nem mesmo de seus próprios nomes ou muito menos se já se conheciam antes disso.
Sem saber quem são, em dado momento, decidem se chamar por números, de acordo com a ordem em que despertaram.
Com esta dúvida na cabeça, começam meio que a agir por instinto na tentativa de salvar a nave e suas próprias vidas. Alguns se estranham no primeiro contato, reforçando a – também clichê – composição heterogênea destas tripulações: o certinho, o líder, o cara sarcástico, o bom de briga, o que entende tudo das coisas mais técnicas e, claro, um androide. Porque não seria uma viagem especial rumo aos confins do universo sem a presença de um enigmático androide.
A princípio, programada com um protocolo de defesa, a androide, que não tem nome e nem registros de memória também (que conveniente!) ataca os misteriosos tripulantes, até que é desativada e reprogramada por um deles, que, aparentemente tem bastante afinidade com os protocolos e programas usados para navegar aquela nave.
As pistas de sua identidade e missão são reveladas aos poucos. Logo após estabelecerem estas primeiras regras de convivência, decidem explorar a nave e alguns detalhes soltos começam a ser revelados. Por exemplo, descobrem que transportam um grande carregamento de armas.
Nos momentos seguintes, a androide que tem acesso a todos os sistemas da nave, descobre que ela está enviando sinais de S.O.S. automaticamente e, que, em vez de ajuda, outra nave se aproxima e dispara contra eles alguns mísseis, o que revela o fato de que não são desejados naquele lugar.
Organizam-se para entrar no hiperespaço e traçam a rota para um planeta habitado, que era o destino original da nave.
Ao aterrissarem no planeta desconhecido, encontram um povo, aparentemente inocente, que trabalha com exploração de minérios, que está no caminho dos interesses de uma grande corporação intergaláctica. Eles também não conseguem dar maiores pistas sobre os tripulantes da nave, a não ser que estão exatamente à espera de um carregamento de armas para que possam se defender contra uma raça de inimigos, que eles não conhecem, mas que sabem serem terríveis exterminadores, supostamente enviados pela grande corporação.
A partir daí inicia-se um conflito ético sobre entregar as armas que transportam e que poderiam salvar o povo daquele planeta ou se o melhor seria usá-las em benefício próprio, já que também não sabem em que tipo de problemas estão envolvidos.
Neste momento, o ponto alto da série, uma pista decisiva sobre suas identidades e missão é revelada.
Toda a realização do episódio piloto é entediante e arrastada, cheia de lugares comuns deste tipo de série/ filme e o único trunfo do enredo, que era a falta de memória e a dubiedade de suas personalidades, aparentemente tem o mistério resolvido ainda no primeiro episódio.
Também é notada a falta de um bom vilão (ou vilões), 0 que, essencialmente, deveria aparecer no primeiro episódio para sugerir o conflito e posicionar o espectador a torcer pelos protagonistas.
Outro ponto importante também é que normalmente quem assiste a uma trama de ficção científica espacial quer ver duas coisas: bons efeitos e aliens. No primeiro episódio, ao menos, isso não aparece.
Mesmo assim, Dark Matter deixa um bom gancho e merece a oportunidade de assistirmos ao segundo episódio.
Confira o trailer:
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Quem fez essa resenha foi muito infeliz nas suas colocações. Me parece que essa pessoa deve gostar de coisas clichês em series de ficção espacial.
acho que voce nem leu a resenha… ela critica exatamente a quantidade de clichês de ficção cientifica presente e eu concordo. Killjoys é melhor em tudo.
Queria assistir KillJoys primeiro mas acabei por assistir darkmatter sim é um pouco lento no começo mas se vc der uma chance vc pega o clima e fica se perguntando Quem fez “aquilo”? Não é mesmo kkk