Na teoria, a boa dramaturgia, seja em qualquer veículo – televisão, cinema, livros etc. – tem como finalidade contar uma história de bem e mal, protagonistas e antagonistas. Normalmente, nas histórias ficcionais, o público espera um final feliz e as pessoas tendem a se posicionar de forma a torcer pelos bonzinhos e odiar os malvados. Isso é natural, uma vez que não raramente procuramos nos identificar com os mais virtuosos. Afinal, ninguém quer se comparado à bruxa má ou ao assassino.
Mesmo assim, este cenário parece estar mudando cada vez mais. Talvez por um notado maior esforço dos roteiristas em substituir a superficialidade de quem é classificado apenas como malvado por personagens cada vez mais complexos e que, tal qual as camadas de uma cebola, nos apresentam inúmeras facetas destes personagens que nos pegam de jeito e quando nos percebemos, já estamos torcendo pelos malvados.
E aí, pode ser um trauma convincente do passado, uma grande paixão, um ato de misericórdia inesperado ou o sempre grande trunfo: a redenção. Afinal, Como não se emocionar com o vilão que se arrepende e no final até ajuda a resolver a problemática da história?
Outra coisa inquestionável: os atores escolhidos para viver estes personagens são quase sempre tão bons que engolem nossos mocinhos e roubam a cena.
Seja quais forem os motivos, vivemos uma nova fase em que os vilões não raramente se tornaram o maior atrativo de uma produção. Neste artigo, separamos grandes vilões que adoramos odiar (ou odiamos amar). Alguns são apenas charmosos e outros são maldade pura. Confira agora a parte 1: