Wayward Pines: impressões sobre a primeira série de TV do diretor de O Sexto Sentido

sobreseries

Depois de um grande sucesso como O Sexto Sentido e grandes fracassos como A Dama na Água e O Último Mestre do ar, M. Night Shyamalan tenta se redimir em sua primeira aventura no mundo das séries de TV.

0 0

[su_spoiler title=”Contém Spoilers” open=”yes” style=”fancy” icon=”chevron-circle”]Cuidado![/su_spoiler]

Os primeiros momentos do agente secreto Ethan, após um grave acidente em que se envolveu não tem nada de anormal. Ele acorda num hospital, com escoriações e levemente desorientado e é atendido por uma gentil enfermeira.

Rapidamente começa a notar que algo está errado. Não vê médicos, nem outros pacientes. Não há telefones no quarto e sua carteira e celular não estão mais com ele.

Não gosta da atitude da enfermeira que parece querer que ele não saia do hospital a qualquer custo e, depois de dopado por ela, apaga. Na manhã seguinte, decide se dar alta e sair daquele lugar.

wayward pines 2

Caminha, ainda com dificuldade, descobre que está em uma típica cidadezinha do interior, cercada de montanhas, e nada diferente de qualquer cidade esquecida dos confins dos Estados Unidos. Acaba em um restaurante,  onde é atendido por uma garçonete simpática, que, a princípio, parece ser a única pessoa normal na cidade, pois age, aparentemente fora de suspeitas, até que, em vez da conta, lhe entrega um bilhete com duas mensagens enigmáticas: uma – abertamente diz que é seu próprio endereço, pois alerta ao policial que ele pode precisar de ajuda e, no verso, a intrigante frase “Em Wayward Pines não existem grilos“.

Curta nossa Página no Facebook

Não se pode dizer que a narrativa, ao menos do primeiro episódio da série, não conduz para o previsível cenário de que a cidade é na verdade um ambiente controlado, talvez parte de uma experiência comportamental, mas, o suspense se mantém no sentido de que ainda ficamos sem saber exatamente por quem e por que.

Depois de um grande sucesso como O Sexto Sentido e grandes fracassos como A Dama na Água e O Último Mestre do ar, M. Night Shyamalan tenta se redimir em sua primeira aventura pelo mundo das séries de TV.

Wayward Pines já era um dos lançamentos mais esperados para este ano e a minissérie da FOX, que estreou no último 14 de maio, correspondeu ao estilo do que o diretor está acostumado, só que bem mais parecido com os seus primeiros (e melhores) filmes.

Baseada no best-seller ‘Pines’ de Blake Crouch e protagonizada por Matt Dillon, como já introduzimos, a trama é centrada em Ethan Burke (Matt Dillon), un agente do FBI que investiga o desaparecimento de dois companheiros, que sumiram em circunstâncias estranhas.

Depois de sofrer um acidente de carro, Ethan desperta no hospital da pequena cidade de Wayward Pines, onde passa a conviver com seus suspeitos moradores, que aparentemente escondem mistérios relacionados ao desaparecimento dos dois agentes e, quando mais se aproxima da verdade, mais mistérios aparecem, até chegar a um ponto de loucura e a incerteza de se poderá um dia deixar a estranha cidade.

wayward pines 3

Tudo na cidadezinha de Wayward Pines pode ficar ainda mais estranho. As pessoas parecem que estão atuando em um jogo psicológico secreto, que parece atrair, controlar e confinar forasteiros em uma cidade, que se mostra completamente fake.

Não passa muito tempo para que o agente federal encontre um significado para as duas mensagens entregues pela garçonete. Primeiramente, sobre os grilos, quando percebe que realmente não existem, mas como ele os ouve, resolve investigar e se depara com pequenas caixas de som reproduzindo o cri-cri-cri que lhes é peculiar, o que é muito surreal, certo?

Sobre o endereço, bem, deixamos para que descubra, ao assistir o episódio.

Wayward Pines tem seus méritos na excelente atuação do elenco que interpreta os moradores da estranha cidade, que mal conseguem disfarçar que estão escondendo algo. Dillon também não faz feio e nem lembra o bobalhão que interpretou em  “Quem vai ficar com Mary?”.

Shyamalan instiga, saindo da obviedade da situação, já explorada em diversas produções como The Truman Show e Twin Peaks, quando confunde o expectador com as cenas que estão acontecendo no mundo “real”, com flashs de situações que Ethan pode ter vivido (ou não, afinal, ainda não é claro se o que ele está vivendo é real ou fruto de sua imaginação) ou, quando simplesmente nos faz questionar se Ethan está vivendo aquilo ou é apenas parte de sua imaginação perturbada.

Talvez a grande cena do primeiro episódio é a tentativa desesperada do protagonista de deixar essa cidade maluca, quando rouba um carro, dirige alucinadamente em direção à fronteira da cidade e não demora muito para perceber que está em looping, sempre saindo e voltando para a sinistra Wayward Pines.

wayward pines 1

Vale conferir e ver no que isso vai dar.

A minissérie será exibida em três capítulos pela FOX.

Confira o trailer:

[su_dailymotion url=”https://www.dailymotion.com/video/x2hqb6m_fox-wayward-pines-new-trailer_tv”]

Happy
Happy
0 %
Sad
Sad
0 %
Excited
Excited
0 %
Sleppy
Sleppy
0 %
Angry
Angry
0 %
Surprise
Surprise
0 %

0 thoughts on “Wayward Pines: impressões sobre a primeira série de TV do diretor de O Sexto Sentido

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Next Post

Childhood’s End - o fim da Infância: Syfy divulga trailer da adaptação de clássico da ficção

Baseado no best-seller Childhood’s End de Arthur C. Clarke, a aguardada (e temida) adaptação do clássico da ficção científica ganha trailer